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quarta-feira, 6 de março de 2013

Melancia hidrata, sacia e pode até ajudar na ereção, mostram estudos

Cármen Guaresemin
Do UOL, em São Paulo

Verão e melancia são uma combinação perfeita, já que a fruta é composta por 90% de água, o que a torna um hidrante natural e delicioso. Ideal para ser consumida nos dias mais quentes, ela ainda tem a vantagem de ser pouco calórica. A fruta traz muitos benefícios à saúde - há até quem diga que ajuda a evitar a impotência. Mas quem sofre de diabetes deve tomar alguns cuidados ao consumi-la.
"Cada 100 gramas da fruta tem de 30 a 32 calorias", conta Marcella Garcez, diretora da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia).  A nutróloga lembra que muitos incluem a melancia em sua dieta de emagrecimento, porém, é preciso ficar atento ao índice glicêmico.

Índice glicêmico é um indicador que possibilita a verificação de quanto um determinado alimento é capaz de elevar o nível de glicose no sangue e o da melancia é tido como alto. "A melancia é um alimento pouco calórico (24kcal/100g), porém o seu índice glicêmico é alto (72). Este fato contraindica a ingestão desta fruta, isolada, por pacientes portadores de resistência insulínica e de diabetes do tipo 2", diz a nutróloga.

Ela ensina um artifício para que essas pessoas não precisem eliminar a melancia da alimentação: "É sempre bom ingeri-la com outras frutas, seja na sobremesa ou em forma de suco, ou com outros alimentos como fibras, sementes e oleaginosas".

Fábio Bicalho, membro da Sociedade Brasileira de Nutrição Funcional, concorda: "Diabéticos com glicemia controlada podem consumir melancia, mas, de preferência, junto com um grão integral para diminuir a carga glicêmica. Já aqueles com glicemia muito alterada devem consultar nutricionista ou médico".

Saciedade

Uma das qualidades da melancia é seu poder de saciedade. Para Bicalho, ela pode, sim, favorecer quem quer emagrecer:  "Isso em casos de dietas balanceadas e, em especial, se for adicionada uma colher de sopa de grão integral saciador como quinoa, amaranto ou linhaça, por exemplo, a uma porção de 200 gramas/ml".

Ele indica sua sugestão para lanches, seja da manhã ou da tarde, por exemplo. E, importante: nunca adicionar açúcar. Bicalho acrescenta: "O suco das sementes da melancia é considerado vermífugo e diurético leve".


  • Divulgação/Oba Hortifruti É importante comprar a melancia inteira. Se a família for pequena ou se for para uma pessoa só, vale a pena investir na versão mini ou baby
Efeito antioxidante

Marcella Garcez lembra que a melancia é uma fruta antioxidante. "Ela contém licopeno, um caretonoide com poder antioxidante que previne câncer, especialmente o da próstata, mostraram estudos".

Porém, a nutróloga frisa que é importante comprar a melancia inteira. Se a família for pequena ou se for para uma pessoa só, vale a pena investir na versão mini ou baby.  Se for comprar a fruta já cortada em pedaços e sem caroços, certifique-se de que foi cortada há poucas horas ou peça para cortarem na hora da compra, na sua frente.

"Falo isso porque todo antioxidante tem capacidade de se ligar com o oxigênio e se estragar, ou seja, oxida rapidamente. Assim, perde seus benefícios", explica a médica.

Ela acrescenta:  "O melhor é comprar e já consumir. Se guardar na geladeira, cortada, será fonte de água, mas perderá o efeito antioxidante. Se a escolhida for aquela metade coberta com papel filme, retire a primeira camada da fruta antes de comê-la".

Viagra natural

Atualmente, objeto de estudos, a melancia teve origem na África e foi levada, no século 10, para a China que é hoje o maior produtor e consumidor da fruta. Uma pesquisa feita pela Universidade do Texas, por exemplo, mostrou que ela possui uma quantidade de citrulina muito alta, o que a tornaria um "Viagra natural".

Edgard Romanato, urologista do Centro de Rim e Urologia do Hospital 9 de Julho explica que a citrulina faz parte da cadeia de produção de células musculares lisas presentes no pênis, além de ajudar no estímulo de secreção do fator de crescimento vascular endotelial, ou seja, pode melhorar a recuperação celular e vascular da região peniana.

Dessa forma, pode-se pensar que a melancia, que é rica em citrulina, tem alguma função benéfica na ereção. "Em minha opinião, o uso de substâncias naturais é sempre benéfico, mas deve ser acompanhado de práticas saudáveis. Não adianta fumar dois maços de cigarro por dia e achar que não terá impotência porque come melancia", alerta o médico.

Ele diz que os hábitos saudáveis ajudam não apenas na prevenção do problema:  "Depois que uma doença se instala, os tratamentos convencionais conhecidos serão de maior utilidade para quem se cuidou".
Para a nutróloga Marcella Garcez, a quantidade do aminoácido citrulina na melancia é muito pequena para ter algum efeito na disfunção erétil.

domingo, 11 de novembro de 2012

Pesquisas com melhoramento genético de melancia são discutidas em evento na Embrapa Semiárido

Pesquisadores focados no desenvolvimento de uma produção mais sustentável de melancia estarão reunidos para um balanço dos principais resultados obtidos no último ano e planejamento das atividades futuras. O III Workshop da Rede de Pré-Melhoramento e Melhoramento de Melancia (RPM-Melancia) acontece entre os dias 6 e 7 de novembro, na sede da Embrapa Semiárido, em Petrolina (PE).
 
Os estudos são realizados em rede por diversas instituições de pesquisa, ensino e assistência técnica que formam a RPM-Melancia. Os objetivos estão centrados no desenvolvimento de variedades produtivas, com resistência às principais doenças e pragas que atingem a cultura. Também buscam garantir a alta qualidade dos frutos, com maiores teores de açúcar e de compostos bioativos –como o licopeno, que combate os radicais livres e tem ação anticancerígena.
“Nosso trabalho visa oferecer aos agricultores alternativas que permitam aumentar a produtividade e reduzir os custos de produção, especialmente com a diminuição do uso de agroquímicos. E, ao mesmo tempo, levar aos consumidores uma melancia saborosa, prática e saudável, atendendo às principais demandas tanto do mercado interno como do externo”, destaca a pesquisadora da Embrapa Semiárido Rita de Cássia Souza Dias, coordenadora da RPM-Melancia.
Melancia em Campo – Buscando envolver também o setor produtivo no debate sobre as pesquisas e no levantamento das principais demandas, será realizado ainda, simultaneamente ao Workshop, o II Seminário Melancia em Campo. A programação acontece na manhã do dia 6 de novembro (terça-feira), com palestras sobre doenças bacterianas e viróticas, bem como o manejo da melancia cultivada com uso dafertirrigação, visando o aumento da produtividade.
O III Workshop da RPM-Melancia e o II Seminário Melancia em Campo são realizados pela Embrapa Semiárido e Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Associação Brasileira de Horticultura (ABH), das Universidades do Estado da Bahia (Uneb), Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), do Vale do São Francisco (Univasf), de Pernambuco (UPE), Estadual de Feira de Santana (UEFS), Federal do Ceará (UFCE) e Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão).

Contatos:
Rita de Cássia Souza Dias – Pesquisadora
rita.dias@embrapa.br
(87) 3866-3666

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

TEMPO AFETA PRODUÇÃO DE MELANCIA DE SÃO PAULO

Em Capela do Alto, os agricultores estão colhendo menos. Em compensação, o preço pago pelas frutas está um pouco melhor.
Gilmar Oliveira segue na frente de um grupo. Experiente, é ele quem confere e separa as melancias que estão maduras.
Logo em seguida vem o grupo que tem a função de retirar as frutas. Cada uma atinge até 13 quilos, mas apesar do tamanho, a safra atual não vai ser como a de 2011.
Faltou chuva na roça, principalmente em setembro, e o resultado é que as plantas não se desenvolveram como o produtor gostaria. Com isso, hoje tem menos melancia para colher.
Segundo o agricultor Paulo da Silva de Moraes, a redução será de 40 a 50% em relação à safra passada, mas com a pouca oferta, a fruta está mais valorizada em cerca de R$ 0,10 a mais que em 2001 pelos atravessadores.
Produtores passam o dia negociando. Cláudio Confortini espera que esse preço seja mantido por mais tempo e decidiu que não vai arrancar os pés de melancia depois da primeira colheita, na tentativa de aumentar um pouco a produtividade.
Ao contrário de anos anteriores, o florescimento nesta época aumentou bastante e há muita melancia ainda pequena.
A safra de melancia no Brasil é de dois milhões de toneladas. São Paulo responde por 10% da produção.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

APLICATIVO PARA SMARTPHONE PROMETE AJUDAR A ENCONTRAR MELANCIA PRONTA PARA CONSUMO


Instalado no iPhone, ferramenta avalia tempo do som da batida na fruta



Você tem dificuldade na hora de comprar uma melancia? Um aplicativo desenvolvido pela empresa Let There Be Light promete ajudar a encontrar a melancia pronta para consumo por meio do som produzido ao dar pequenos socos na fruta. O app Melon Meter custa US$ 1,99 na Apple Store.



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Ao instalar o aplicativo, o usuário precisa selecionar o tamanho da melancia a ser avaliada. Feito isso, o próximo passo é posicionar o iPhone no meio da fruta com o microfone próximo, acionar um botão e dar uns soquinhos. O aplicativo vai avaliar se a fruta está pronta para consumo. O resultado é baseado no tempo do som da batida na melancia.



De acordo com o site da empresa:http://melonmeter.com/, a pesquisa e o desenvolvimento da ferramenta levaram dois anos. Mas o alerta dos desenvolvedores é que o aplicativo não diz se a fruta está doce, mas só se atingiu um nível de maturação ideal. Na página do aplicativo, a empresa informa que o Melon Meter é para diversão e informação, sendo que a companhia não assume qualquer responsabilidade sobre a sua utilização.



quinta-feira, 8 de março de 2012

Polinização manual protege melancia crioula de contaminação por variedades forrageiras

No Semiárido brasileiro, é tradicional em grande número de pequenas propriedades o plantio das melancias, chamadas popularmente de crioulas, que são próprias para o consumo das famílias dos agricultores. Contudo, a recente expansão do cultivo de melancia forrageira nessas mesmas áreas, para compor a base de alimentação dos rebanhos na seca, está criando um sério problema genético. A atividade polinizadora de insetos como as abelhas n
as flores dos dois cultivos acabam levando genes dominantes das forrageiras para as crioulas. O resultado é a geração de frutos híbridos com características próprias das melancias destinadas ao consumo dos animais: de casca amarelada, polpas mais amargas e duras. Uma maneira encontrada pela pesquisa para proteger a melancia crioula da contaminação por variedades forrageiras é o tema do Prosa Rural desta semana. A pesquisadora Rita de Cássia Souza Dias, da Embrapa Semiárido (Petrolina - PE), é a convidada do programa para falar sobre o assunto. Para solucionar o problema, a pesquisadora apresenta uma alternativa simples, barata e acessível aos agricultores. Ela explica um modo de fazer uma polinização manual controlada, que já usa em suas pesquisas, e foi adaptada para o sistema produtivo agroecológico. O método é simples: o agricultor fixa a uma pequena estaca uma garrafa pet cortada ao meio e com pequenos furos no fundo. Com esse objeto, cobre as flores masculinas e femininas das melancias crioulas. Esse procedimento deve ser realizado um dia antes da abertura delas, o que acontece até 32 dias depois do plantio. No dia seguinte, quando as flores se abrem, o agricultor retira com as mãos a flor que fornece o pólen e encosta levemente nas pétalas femininas. Após isso, torna a cobrir por mais dois dias a flor geradora do fruto, cuja base é mais arredondada. Rita de Cássia explica que o agricultor pode aplicar esse mecanismo em até dez pares de flores. Assim, no próximo plantio, terá sementes livres da influência de genes forrageiros. “Se métodos como esse não forem aplicados, corre-se o risco das famílias se obrigarem a recorrer às variedades comerciais das melancias de mesa, mais exigentes de adubos e insumos químicos que encarecem a produção”, observa a pesquisadora. FONTE: Embrapa Semiarido

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Produção de minimelancias é aposta de fazenda na Paraíba

Produção de minimelancias é aposta de fazenda na Paraíba

Globo Rural On-line - Juliana Bacci



Devido ao seu baixo teor calórico, a melancia aparece em quase toda dieta daqueles que se preocupam em perder – ou, ao menos, não ganhar – uns quilinhos. Pensando no grupo que desiste de levar para casa a fruta por ser grande demais, a Fazenda Tamanduá, localizada no município de Santa Terezinha (PB), decidiu apostar em uma semente capaz de produz minimelancias com peso entre um e dois quilos, ideal para solteiros e famílias reduzidas.

De acordo com Manoel Zacarias de Lima Neto, gerente da Tamanduá, a novidade, cuja semente foi desenvolvida pela Syngenta Seeds, produz frutos de até 15 centímetros de diâmetro, coloração intensa e sabor extremamente adocicado, além de casca fina e sementes esbranquiçadas.

A primeira colheita aconteceu há quatro anos. Na ocasião, a produtividade foi de 18 toneladas. Hoje, já atinge 20 toneladas por safra, com o plantio distribuído em dez hectares. A quantia abastece mercados dos estados da Paraíba, do Ceará, de Pernambuco e São Paulo. “O tamanho reduzido encoraja a comprar os que têm medo da fruta estragar na geladeira”, aponta o gerente.

O comércio feito pela Tamanduá se estende apenas aos frutos do tipo fêmea, mais parecidos com a melancia comum. As frutas do tipo macho, que têm polpa branca e gosto próximo ao do pepino, correspondem a 30% da colheita e servem de alimento para as vacas da fazenda, que também aposta na produção de queijos biodinâmicos, mel, arroz vermelho, melão e manga.

quinta-feira, 24 de março de 2011

ALTA TECNOLOGIA EM PRODUÇÃO DE MUDAS

Produtores de São Luiz do Norte - GO apostam na tecnologia para aumetarem a sua competitividade no cultivo de melancia, com a produção de mudas em viveiro telado espera-se encurtar em torno de 15 a permanência da cultura no campo, no cultivo de melancia este encurtamento é altamente significativo, aumentando assim a competitividade dos produtores que de forma mais eficiênte podem colocar seu produto no mercado em condições de igualdade com os mais tradicionais produtores do Estado.