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domingo, 11 de novembro de 2012

Pesquisas com melhoramento genético de melancia são discutidas em evento na Embrapa Semiárido

Pesquisadores focados no desenvolvimento de uma produção mais sustentável de melancia estarão reunidos para um balanço dos principais resultados obtidos no último ano e planejamento das atividades futuras. O III Workshop da Rede de Pré-Melhoramento e Melhoramento de Melancia (RPM-Melancia) acontece entre os dias 6 e 7 de novembro, na sede da Embrapa Semiárido, em Petrolina (PE).
 
Os estudos são realizados em rede por diversas instituições de pesquisa, ensino e assistência técnica que formam a RPM-Melancia. Os objetivos estão centrados no desenvolvimento de variedades produtivas, com resistência às principais doenças e pragas que atingem a cultura. Também buscam garantir a alta qualidade dos frutos, com maiores teores de açúcar e de compostos bioativos –como o licopeno, que combate os radicais livres e tem ação anticancerígena.
“Nosso trabalho visa oferecer aos agricultores alternativas que permitam aumentar a produtividade e reduzir os custos de produção, especialmente com a diminuição do uso de agroquímicos. E, ao mesmo tempo, levar aos consumidores uma melancia saborosa, prática e saudável, atendendo às principais demandas tanto do mercado interno como do externo”, destaca a pesquisadora da Embrapa Semiárido Rita de Cássia Souza Dias, coordenadora da RPM-Melancia.
Melancia em Campo – Buscando envolver também o setor produtivo no debate sobre as pesquisas e no levantamento das principais demandas, será realizado ainda, simultaneamente ao Workshop, o II Seminário Melancia em Campo. A programação acontece na manhã do dia 6 de novembro (terça-feira), com palestras sobre doenças bacterianas e viróticas, bem como o manejo da melancia cultivada com uso dafertirrigação, visando o aumento da produtividade.
O III Workshop da RPM-Melancia e o II Seminário Melancia em Campo são realizados pela Embrapa Semiárido e Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Associação Brasileira de Horticultura (ABH), das Universidades do Estado da Bahia (Uneb), Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), do Vale do São Francisco (Univasf), de Pernambuco (UPE), Estadual de Feira de Santana (UEFS), Federal do Ceará (UFCE) e Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IF Sertão).

Contatos:
Rita de Cássia Souza Dias – Pesquisadora
rita.dias@embrapa.br
(87) 3866-3666

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

TEMPO AFETA PRODUÇÃO DE MELANCIA DE SÃO PAULO

Em Capela do Alto, os agricultores estão colhendo menos. Em compensação, o preço pago pelas frutas está um pouco melhor.
Gilmar Oliveira segue na frente de um grupo. Experiente, é ele quem confere e separa as melancias que estão maduras.
Logo em seguida vem o grupo que tem a função de retirar as frutas. Cada uma atinge até 13 quilos, mas apesar do tamanho, a safra atual não vai ser como a de 2011.
Faltou chuva na roça, principalmente em setembro, e o resultado é que as plantas não se desenvolveram como o produtor gostaria. Com isso, hoje tem menos melancia para colher.
Segundo o agricultor Paulo da Silva de Moraes, a redução será de 40 a 50% em relação à safra passada, mas com a pouca oferta, a fruta está mais valorizada em cerca de R$ 0,10 a mais que em 2001 pelos atravessadores.
Produtores passam o dia negociando. Cláudio Confortini espera que esse preço seja mantido por mais tempo e decidiu que não vai arrancar os pés de melancia depois da primeira colheita, na tentativa de aumentar um pouco a produtividade.
Ao contrário de anos anteriores, o florescimento nesta época aumentou bastante e há muita melancia ainda pequena.
A safra de melancia no Brasil é de dois milhões de toneladas. São Paulo responde por 10% da produção.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

APLICATIVO PARA SMARTPHONE PROMETE AJUDAR A ENCONTRAR MELANCIA PRONTA PARA CONSUMO


Instalado no iPhone, ferramenta avalia tempo do som da batida na fruta



Você tem dificuldade na hora de comprar uma melancia? Um aplicativo desenvolvido pela empresa Let There Be Light promete ajudar a encontrar a melancia pronta para consumo por meio do som produzido ao dar pequenos socos na fruta. O app Melon Meter custa US$ 1,99 na Apple Store.



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Ao instalar o aplicativo, o usuário precisa selecionar o tamanho da melancia a ser avaliada. Feito isso, o próximo passo é posicionar o iPhone no meio da fruta com o microfone próximo, acionar um botão e dar uns soquinhos. O aplicativo vai avaliar se a fruta está pronta para consumo. O resultado é baseado no tempo do som da batida na melancia.



De acordo com o site da empresa:http://melonmeter.com/, a pesquisa e o desenvolvimento da ferramenta levaram dois anos. Mas o alerta dos desenvolvedores é que o aplicativo não diz se a fruta está doce, mas só se atingiu um nível de maturação ideal. Na página do aplicativo, a empresa informa que o Melon Meter é para diversão e informação, sendo que a companhia não assume qualquer responsabilidade sobre a sua utilização.



quinta-feira, 8 de março de 2012

Polinização manual protege melancia crioula de contaminação por variedades forrageiras

No Semiárido brasileiro, é tradicional em grande número de pequenas propriedades o plantio das melancias, chamadas popularmente de crioulas, que são próprias para o consumo das famílias dos agricultores. Contudo, a recente expansão do cultivo de melancia forrageira nessas mesmas áreas, para compor a base de alimentação dos rebanhos na seca, está criando um sério problema genético. A atividade polinizadora de insetos como as abelhas n
as flores dos dois cultivos acabam levando genes dominantes das forrageiras para as crioulas. O resultado é a geração de frutos híbridos com características próprias das melancias destinadas ao consumo dos animais: de casca amarelada, polpas mais amargas e duras. Uma maneira encontrada pela pesquisa para proteger a melancia crioula da contaminação por variedades forrageiras é o tema do Prosa Rural desta semana. A pesquisadora Rita de Cássia Souza Dias, da Embrapa Semiárido (Petrolina - PE), é a convidada do programa para falar sobre o assunto. Para solucionar o problema, a pesquisadora apresenta uma alternativa simples, barata e acessível aos agricultores. Ela explica um modo de fazer uma polinização manual controlada, que já usa em suas pesquisas, e foi adaptada para o sistema produtivo agroecológico. O método é simples: o agricultor fixa a uma pequena estaca uma garrafa pet cortada ao meio e com pequenos furos no fundo. Com esse objeto, cobre as flores masculinas e femininas das melancias crioulas. Esse procedimento deve ser realizado um dia antes da abertura delas, o que acontece até 32 dias depois do plantio. No dia seguinte, quando as flores se abrem, o agricultor retira com as mãos a flor que fornece o pólen e encosta levemente nas pétalas femininas. Após isso, torna a cobrir por mais dois dias a flor geradora do fruto, cuja base é mais arredondada. Rita de Cássia explica que o agricultor pode aplicar esse mecanismo em até dez pares de flores. Assim, no próximo plantio, terá sementes livres da influência de genes forrageiros. “Se métodos como esse não forem aplicados, corre-se o risco das famílias se obrigarem a recorrer às variedades comerciais das melancias de mesa, mais exigentes de adubos e insumos químicos que encarecem a produção”, observa a pesquisadora. FONTE: Embrapa Semiarido